terça-feira, 16 de março de 2010

Mulheres, Curadouras, Bruxas e Parteiras

Autora: Larissa Grandi

Historicamente, parto sempre fez parte da evolução humana e do dia a dia das famílias em vilas ou comunidades. Na maioria das vezes, era atendido por parteiras na casa da gestante. Para os Maoris (povo nativo da Nova Zelandia) e outras tribos, parto era considerado um acontecimento normal e parte do cotidiano. Mulheres tinham trabalho de parto em posições verticais usando sua sabedoria instintiva de como expandir a pelvis com a ajuda da gravidade e sabiam direitinho como usar os musculos abdominais para dar a luz . Na cultura Maori, a placenta (whenua) é considerada sagrada e enterrada num local secreto. Bebês recem-nascidos ficavam perto de suas mães, para conforto e calor, sem falar que a maioria amamentava exclusivamente por alguns anos. Mulheres eram consideradas curandeiras e herbalistas, dominando a arte da cura.

Porém, o poder femino foi repremido pela sociedade durante a Inquisição, quando mulheres foram consideradas bruxas e queimadas para “purificar suas almas”. O “tempo das queimadas” (Burning Times) ocorreu entre os séculos quinze e dezoito, matando milhares de mulheres acusadas pela Igreja de servantes do demônio. Foi então que o poder feminino foi associado com culpa e vergonha, incluindo a prática das parteiras.

Mulheres, onde está a nossa força interna de confiar na capacidade da vida? Quando poderemos viver em comunidades que ajudam umas as outras para cuidar de maneira gentil os nossos filhos?

Esta na hora de recuperarmos as nossas forcas e conectar com o poder femino que é fonte de tudo e todos!

Obrigada as nossas mães, tias, avós e todas as mulheres que contribuiram para o nosso desabroxar como forte mulheres para reconectar com o poder feminino!

beijo a todas

PS: Não há necessidade de negar a tecnologia que ajuda no nascimento de situações de risco (menos de 10%), mas sim de respeitar os outros 90% de partos de baixo risco sem interferir no processo fisiológico de nascer e amamentar (Organização Mundial de Saúde, 2010).

Fonte: http://www.nossosbebes.com.br/?p=964&utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+NossosBebes+%28Blog+Nossos+Beb%C3%AAs%29, em 16 Mar 2010, às 16h38min


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