sexta-feira, 7 de maio de 2010

Maternidade: decisão evolutiva


Na véspera do Dia das Mães torna-se conveniente abordar a experiência da maternidade a partir da ciência Conscienciologia.

Ser mãe é uma tarefa complexa, pois exige muita responsabilidade e dedicação. A velha máxima “ser mãe é padecer no paraíso” remete uma idéia de sofrimento à experiência da maternidade. Observa-se que não é à toa que essa idéia atravessa o tempo e as diversas gerações. De fato, gerar um filhote, amamentá-lo, não dormir, ver seu corpo modificado, abrir mão de planos pessoais, é difícil, além de muitas vezes não poder contar com o reconhecimento ou gratidão por parte dos filhos.

Considerando apenas esses poucos aspectos citados, já é possível elencar motivos suficientes para uma mulher, portadora de ginossoma (corpo feminino), refletir profundamente sobre a sua real necessidade evolutiva de receber uma consciência na condição de seu filho ou filha.

Infelizmente, na maioria das vezes, o que se constata, é que casais decidem ter filhos após sua união começar a passar por um certo vazio ou distanciamento afetivo, enquanto outros decidem não tê-los porque querem aproveitar a vida: "Gostamos de crianças, mas concordamos que um filho ia atrapalhar nosso modo de vida. Temos uma vida muito desregrada, trabalhamos muito e adoramos viajar e sair", diz. Egoísmo? "Às vezes a gente fala que é muito egoísta. A gente assume isso". (gerente de marketing Fernanda Nolli Gonzalez, 36 anos, em entrevista para Folha de São Paulo; 23/11/07). Ao mesmo tempo, há os que tem filhos apenas para seguir o roteiro normal da sociedade, que rege pela imposição de que todo casal “deve” ter filhos.

A gerente de marketing Fernanda e seu companheiro fazem parte de um novo tipo de casal, cada vez mais freqüente nos países ricos: são os casais que ganham bem e decidem não procriar, chamados de dinks (double income, no kids, ou "renda dupla, sem crianças").

A decisão de alguns dinks pode ser baseada no egoísmo, mas é assumido, conforme palavras da entrevistada. Porém, consideramos que é mais positivo deixar de conceber um filho porque quer se sentir livre, assumidamente, do que querer ter um filho para salvar um casamento, por convenções, para agradar a família ou outro motivo igualmente egoísta, mas que passa despercebido. A probabilidade de que essas mães sejam felizes e suficientemente boas, acaba diminuindo na mesma proporção em que a participação feminina cresce em vários setores do mercado de trabalho. Cada vez mais, a mulher tem menos espaço para cuidar do novo ser e cada vez tem menos interesse em abrir esse espaço. Por isso, é importante assumir isso, se for o caso.

A sociedade vem mudando vagarosamente a respeito do assunto, e é comum casais sem filhos sofrerem certos preconceitos, a ponto de ter de inventar motivos de doença para que as pessoas de seu convívio aceitem sua opção.

Segundo a Proexologia, é assegurado o livre-arbítrio da mulher em conceber ou não uma criança, respeitando suas necessidades evolutivas e o seu propósito existencial. A programação existencial, planejada antes do renascimento, pode contemplar a tarefa da maternidade ou não, dependendo das demais tarefas que a mulher programou para si. Considerando todo esforço, energia, dedicação que a maternidade demanda, mulheres com programações existenciais mais elaboradas podem não ter a maternidade incluída em seu projeto de vida. A programação existencial inclui tarefas assistenciais, e a mulher engajada em trabalhos libertários pode atender às suas necessidades de doação sem a necessidade de gerar um filho. É preciso muito gabarito evolutivo para ser mãe e realizar tarefas evolutivas concomitantemente. Mas é possível, sem dúvida. Cabe à mulher investigar suas necessidades evolutivas, as diretrizes da programação existencial e a possibilidade de receber uma consciência na condição de filho, ou não.

A dedicação exigida para que os adequados cuidados sejam dispensados demanda muito tempo, o que pode desviar do foco da programação existencial, reduzir o espaço para o desenvolvimento das idéias prioritárias e pode reduzir o âmbito de interesse para que a mulher pense agora apenas no(s) filho(s).

Na historia da Humanidade, temos alguns exemplos, mas aqui selecionamos dois casos, um em cada condição: Marie Curie e Florence Nightingale. A primeira, eximia cientista, teve 4 filhos e competência para deixar grandes contribuições na área da Radiologia. Já a segunda, optou por não ter filhos e revolucionou a história da enfermagem. Ambas são grandes exemplos de realizações assistenciais.

As mulheres podem se espelhar em cada um desses exemplos e tomar sua decisão da maneira mais livre e fraterna possível, questionando-se: essa criança está incluída na minha programação existencial? Eu conheço a consciência que está por vir e suas necessidades evolutivas? Estou decidindo por carências, condicionamentos e convenções, ou realmente preciso receber essa consciência na condição de meu filho ou filha?

Existem muitas outras questões para refletir sobre o tema. Não é possível abordar todas aqui, por isso, não pare nessas primeiras. Vá adiante nos questionamentos, e garanta sua liberdade para decidir.

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u347886.shtml

http://veja.abril.com.br/110608/p_124.shtml

Fonte: Recebido por e-mail em 07 Mai 2010

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