segunda-feira, 10 de maio de 2010

Homenagem as Parteiras

Texto elaborado por Sandra Maciel do Movimento Curador de Pernambuco em homenagem ao Dia Internacional da Parteira e lembrando saudosas parteiras.

5 de Maio dia internacional das parteiras

Dedicado especialmente as parteiras Suely Carvalho, Dona Prazeres, Abigail, Leila Katz e a desencarnada Dona Elvira e D.Dorca.

Avançar na atitude de cuidado com o ser que chega. Ativos na vida sabendo que um dia chegaremos a uma harmonia tão profunda que não precisaremos justificar o óbvio.

Hoje é dia de vela acesa no altar, erguendo nossas taças com falas inflamadas numa gratidão profunda a essa mulheres sabias. Cantar, dançar e dizer que vivam, “sempre vivas”, como flores que se perpetuam timidamente, como quem busca a invisibilidade do invisível que as circundam.

Na verdade seu reconhecimento é cósmico está além das linhas terrenas da comunicação, além das minhas palavras. Pode está no sentimento profundo que temos por elas, mas isso também não significa nada comparado com o ato do devir cósmico das mãos dessas mulheres.

A parteira quando faz um parto evoca a natureza, a força da magia de tudo que é divinal.

Ela é convocada pelas hierarquias para cumprir sua missão e entregar ao mundo o que já está pronto para um recomeço, utiliza-se das forças planetárias, respeitando o tempo certo da criança nascer, utilizam-se das plantas, seres etéricos de divina luz que nos auxiliam nos momentos de dor e renascimento, confortando nossos corpos com a pureza contida em sua substância. Evocam os espíritos do tronco familiar, com seus cantos e orações, criando um elo com a fraternidade universal do amor e da evolução da terra. Limpa o ambiente da chegada fortalecendo o vínculo comunitário com a vida, unido a família num evento de luz e solidariedade.

As parteiras são maiores do que o possamos expressar, está além da coragem, da confiança e do merecimento. Vem pra sua missão como quem fia um tecido dourado, como quem sabe da necessidade premente de sua tarefa espiritual. Está além de tudo porque acredita na vida e não tem medo porque sabem que tudo está escrito nas mãos do poderoso pai criador.

Nada nos fortalece mais do que uma criança nascida nas mãos de uma parteira. A Mãe Terra estremece com uma placenta enterrada que passou nas mãos suaves de uma parteira, ela se revigora com este fluxo da criação. Então um parto se torna um alimento para alma do ser Terra, revitalizando assim todo alimento produzido para nos por de pé e erguer os braços e dizer: Vem mãe de pegação! Agradeço a tua dignidade confortante de que tudo vai dar certo.

É quase invisível aos olhos humanos a tua grande tarefa, assim como não vemos os anjos e os seres de luz que nos rodeia, mas no campo sutil tua força ecoa e abre os braços do pai criador nos aquecendo ainda mais com tua virtude ancestral insubstituível.

Um abraço profundo em todas as parteiras e aprendizes de parteiras. Que Deus continue brotando no nosso coração a confiança na vida que chega na terra nas mãos das parteiras tradicionais.

Sandra Maciel

Pesquisadora e aprendiz de parteira

Fonte: recebido por e-mail de Leila Wolf


sexta-feira, 7 de maio de 2010

Maternidade: decisão evolutiva


Na véspera do Dia das Mães torna-se conveniente abordar a experiência da maternidade a partir da ciência Conscienciologia.

Ser mãe é uma tarefa complexa, pois exige muita responsabilidade e dedicação. A velha máxima “ser mãe é padecer no paraíso” remete uma idéia de sofrimento à experiência da maternidade. Observa-se que não é à toa que essa idéia atravessa o tempo e as diversas gerações. De fato, gerar um filhote, amamentá-lo, não dormir, ver seu corpo modificado, abrir mão de planos pessoais, é difícil, além de muitas vezes não poder contar com o reconhecimento ou gratidão por parte dos filhos.

Considerando apenas esses poucos aspectos citados, já é possível elencar motivos suficientes para uma mulher, portadora de ginossoma (corpo feminino), refletir profundamente sobre a sua real necessidade evolutiva de receber uma consciência na condição de seu filho ou filha.

Infelizmente, na maioria das vezes, o que se constata, é que casais decidem ter filhos após sua união começar a passar por um certo vazio ou distanciamento afetivo, enquanto outros decidem não tê-los porque querem aproveitar a vida: "Gostamos de crianças, mas concordamos que um filho ia atrapalhar nosso modo de vida. Temos uma vida muito desregrada, trabalhamos muito e adoramos viajar e sair", diz. Egoísmo? "Às vezes a gente fala que é muito egoísta. A gente assume isso". (gerente de marketing Fernanda Nolli Gonzalez, 36 anos, em entrevista para Folha de São Paulo; 23/11/07). Ao mesmo tempo, há os que tem filhos apenas para seguir o roteiro normal da sociedade, que rege pela imposição de que todo casal “deve” ter filhos.

A gerente de marketing Fernanda e seu companheiro fazem parte de um novo tipo de casal, cada vez mais freqüente nos países ricos: são os casais que ganham bem e decidem não procriar, chamados de dinks (double income, no kids, ou "renda dupla, sem crianças").

A decisão de alguns dinks pode ser baseada no egoísmo, mas é assumido, conforme palavras da entrevistada. Porém, consideramos que é mais positivo deixar de conceber um filho porque quer se sentir livre, assumidamente, do que querer ter um filho para salvar um casamento, por convenções, para agradar a família ou outro motivo igualmente egoísta, mas que passa despercebido. A probabilidade de que essas mães sejam felizes e suficientemente boas, acaba diminuindo na mesma proporção em que a participação feminina cresce em vários setores do mercado de trabalho. Cada vez mais, a mulher tem menos espaço para cuidar do novo ser e cada vez tem menos interesse em abrir esse espaço. Por isso, é importante assumir isso, se for o caso.

A sociedade vem mudando vagarosamente a respeito do assunto, e é comum casais sem filhos sofrerem certos preconceitos, a ponto de ter de inventar motivos de doença para que as pessoas de seu convívio aceitem sua opção.

Segundo a Proexologia, é assegurado o livre-arbítrio da mulher em conceber ou não uma criança, respeitando suas necessidades evolutivas e o seu propósito existencial. A programação existencial, planejada antes do renascimento, pode contemplar a tarefa da maternidade ou não, dependendo das demais tarefas que a mulher programou para si. Considerando todo esforço, energia, dedicação que a maternidade demanda, mulheres com programações existenciais mais elaboradas podem não ter a maternidade incluída em seu projeto de vida. A programação existencial inclui tarefas assistenciais, e a mulher engajada em trabalhos libertários pode atender às suas necessidades de doação sem a necessidade de gerar um filho. É preciso muito gabarito evolutivo para ser mãe e realizar tarefas evolutivas concomitantemente. Mas é possível, sem dúvida. Cabe à mulher investigar suas necessidades evolutivas, as diretrizes da programação existencial e a possibilidade de receber uma consciência na condição de filho, ou não.

A dedicação exigida para que os adequados cuidados sejam dispensados demanda muito tempo, o que pode desviar do foco da programação existencial, reduzir o espaço para o desenvolvimento das idéias prioritárias e pode reduzir o âmbito de interesse para que a mulher pense agora apenas no(s) filho(s).

Na historia da Humanidade, temos alguns exemplos, mas aqui selecionamos dois casos, um em cada condição: Marie Curie e Florence Nightingale. A primeira, eximia cientista, teve 4 filhos e competência para deixar grandes contribuições na área da Radiologia. Já a segunda, optou por não ter filhos e revolucionou a história da enfermagem. Ambas são grandes exemplos de realizações assistenciais.

As mulheres podem se espelhar em cada um desses exemplos e tomar sua decisão da maneira mais livre e fraterna possível, questionando-se: essa criança está incluída na minha programação existencial? Eu conheço a consciência que está por vir e suas necessidades evolutivas? Estou decidindo por carências, condicionamentos e convenções, ou realmente preciso receber essa consciência na condição de meu filho ou filha?

Existem muitas outras questões para refletir sobre o tema. Não é possível abordar todas aqui, por isso, não pare nessas primeiras. Vá adiante nos questionamentos, e garanta sua liberdade para decidir.

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u347886.shtml

http://veja.abril.com.br/110608/p_124.shtml

Fonte: Recebido por e-mail em 07 Mai 2010

Dia das Mães!!!

Felicidades para todas as mães no seu dia!
Parabéns mães de fato, de coração, de criação, ...
Vocês são super especiais!!
Parabéns pelo seu dia!!!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

05 de maio - Dia da Parteira

PARTEIRAS TRADICIONAIS: SAGA DA SOBREVIVÊNCIA

Paula Viana*

A parteira tradicional pode ser considerada uma das profissionais mais antigas que existe, e mesmo com tantos avanços tecnológicos na assistência à saúde, continua desempenhando papel fundamental para a garantia de uma vida mais saudável para muitas mulheres e crianças do Brasil. Elas são muito requisitadas, pois tanto em lugares onde há e não há acesso aos serviços de saúde, elas atuam e são as primeiras a atenderem às mulheres.

No Brasil, anualmente, em média são realizados 41 mil partos domiciliares, desses a maioria é assistido por parteiras tradicionais. Mesmo sendo dados subnotificados ao Sistema de Informação à Saúde do Ministério da Saúde (DATASUS), os números nos dão a visão de que as parteiras tradicionais existem e que seus trabalhos deveriam estar dentre as preocupações de gestores e profissionais de saúde de todas as regiões, principalmente a região Norte, Centro Oeste e Nordeste. Além disso, o parto domiciliar assistido por parteira tradicional é um direito reprodutivo reconhecido por autoridades nacionais e internacionais de saúde, porém a existência no Estado Brasileiro de Marcos Legais e Políticos que respaldam e garantem a implantação de políticas públicas de inclusão do trabalho desenvolvido por parteiras tradicionais, não tem, no entanto, se revertido em mudanças significativas no trabalho e na qualidade de vida dessas mulheres guerreiras.

Para se fazer justiça, é necessário a responsável e imediata ação de legisladores, profissionais e gestores que viabilizem a efetivação dos direitos à remuneração pelo trabalho desenvolvido e à aposentadoria dessas mulheres que vem envelhecendo e morrendo sem apoio, isoladas, doentes e sem o devido reconhecimento do benefício de suas ações durante toda a vida.

*Enfermeira e coordenadora do Programa Parteira do Grupo Curumim

http://www.grupocurumim.org.br/site/noticia_completa.php?id=154

Fonte: http://institutonomades.blogspot.com/2010/05/05-de-maio-dia-da-parteira.html, em 06 Mai 2010, às 10h20min